Na hora de beber uma bebida, a escolha da palhinha pode parecer um detalhe, mas tem impacto direto na saúde, no meio ambiente e na sustentabilidade. Então, qual a melhor opção: plástico ou papel? Vamos analisar.
Palhinha de Plástico
- Saúde: Muitas palhinhas de plástico contêm substâncias químicas como o BPA (bisfenol A), que podem ser prejudiciais ao organismo quando em contato com bebidas, especialmente quentes. Além disso, podem libertar microplásticos ao longo do tempo.
- Meio Ambiente: O plástico leva centenas de anos para se decompor e, muitas vezes, acaba nos oceanos, prejudicando a vida marinha. É uma das principais fontes de poluição global.
- Sustentabilidade: Como são de uso único e não biodegradáveis, as palhinhas de plástico têm um impacto ambiental significativo.
Palhinha de Papel
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Saúde: Apesar de parecerem inofensivas, algumas palhinhas de papel contêm químicos tóxicos, substâncias perfluoroalquiladas, conhecidas como PFAS ("forever chemicals"), que podem ser prejudiciais à saúde a longo prazo uma vez que não se decompõem no corpo ou no meio ambiente.
Pequenas quantidades de PFAS não representam risco – embora faltem estudos sobre os efeitos em humanos. No entanto, a acumulação de produtos químicos no corpo pode causar efeitos nocivos para a saúde devido a alterações nas enzimas hepáticas, aumento da pressão arterial e certos tipos de cancro, de acordo com o Centro de Controlo e Prevenção de Doenças (CDC).
Além disso, podem se desfazer na bebida, alterando o sabor e libertando resíduos.
- Meio Ambiente: Embora o papel seja biodegradável, a sua produção envolve o corte de árvores, consumo de água e energia, além do uso de colas e químicos para torná-las resistentes. Se não forem descartadas corretamente, também podem gerar resíduos desnecessários.
- Sustentabilidade: Melhor do que o plástico, mas ainda assim exige muitos recursos naturais para serem fabricadas.
De acordo com um novo estudo, publicado na revista Food Additives and Contaminants,
examinaram palhinhas de 39 marcas na Bélgica, vendidas em supermercados, lojas de brinquedos, cadeias de fast-food, drogarias e lojas de comércio eletrônico. As palhinhas escolhidas eram feitas de papel, bambu, vidro, aço inoxidável ou plástico, e a análise incidia nas concentrações de PFAS.
79% das marcas continham PFAS, sendo as palhinhas de papel mais propensas a conter produtos químicos. Os cientistas descobriram que 90% das palhinhas de papel tinham PFAS, em comparação com 80% das de bambu, 75% das de plástico e 40% das de vidro. Não foram detectamos nenhum PFAS em palhinhas de aço inoxidável neste estudo.
As concentrações de PFAS encontradas nas palhinhas eram baixas. Contudo, como estas substâncias persistem tanto no ambiente como no próprio corpo humano, a exposição recorrente a baixas concentrações também contribui para um efeito cumulativo destes compostos químicos.
Alternativas Mais Sustentáveis
Se o objetivo é conciliar saúde, meio ambiente e sustentabilidade, existem outras opções mais vantajosas:
✅ Palhinhas de aço inoxidável: Reutilizáveis, duráveis, fáceis de limpar e não libertam substâncias nocivas.
✅ Palhinhas de silicone: Alternativas reutilizáveis e seguras para a saúde, além de práticas para o dia a dia.